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IF Goiano pesquisa a curcumina na contaminação por mercúrio

Extrato obtido da raiz do açafrão

Desenvolvida com a participação de professor do IF Goiano, uma pesquisa na área de Química está avaliando o uso da curcumina, substância extraída do açafrão, para descobrir a quantidade de mercúrio presente em água. Os resultados do estudo podem ajudar no desenvolvimento de novas tecnologias para descontaminação. O estudo está sendo conduzido por pesquisadores do Instituto Federal Goiano (IF Goiano), do Instituto Federal de Goiás (IFG) e da Universidade Federal de Goiás (UFG).

No experimento, os pesquisadores realizam um ensaio denominado “reação de complexação” entre a curcumina e o mercúrio. À medida que a reação vai acontecendo, o líquido passa da coloração amarela para incolor. Essa solução é colocada então em um aparelho chamado espectrofotômetro, que analisa a luz absorvida e refletida pela amostra e, a partir disso, consegue determinar a quantidade de curcumina que reagiu com mercúrio. Com esse dado, é possível calcular a quantidade de mercúrio presente em amostras de água.

O professor do campus Alécio Rodrigues Nunes, um dos responsáveis pela pesquisa, explica que a curcumina é um reagente natural, fácil de se obter, o que favorece seu uso. “O açafrão, planta da qual é extraída a curcumina, é comercializado em feiras de todo Brasil e muitas famílias ainda planta o açafrão em seus quintais”. Desse modo, explica ele, “seu uso dispensa a compra de reagente comercializado pelas grandes marcas, o que encarece as análises”.

Os resultados da pesquisa serão apresentados na 39ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Química (SBQ), que acontece entre os dias 30 de maio e 2 de junho em Goiânia. O evento terá a participação do professor Kurt Wüthrich, ganhador do Prêmio Nobel de Química em 2002.

Mercúrio

O mercúrio é um metal tóxico utilizado principalmente no garimpo de ouro, mas também tem aplicações, por exemplo, na indústria de cimento, de eletrônicos, de baterias e até de produtos odontológicos. A negligência de empresas e a falta de fiscalização quanto ao descarte e tratamento de resíduos dessas atividades têm levado à contaminação dos recursos naturais.

No Brasil, o problema é particularmente preocupante na Amazônia, porque além da contaminação provocada pelo garimpo, a queimada de grandes áreas de floresta libera mercúrio na atmosfera, que depois se deposita na água e no solo.

O mercúrio pode entrar no corpo humano por via respiratória ou pela ingestão de água e alimentos contaminados, como peixes, que é o grande risco que correm as populações ribeirinhas da Amazônia. A substância pode causar graves lesões nos rins, fígado, aparelho digestivo e sistema nervoso, provocando desde fraqueza e perda de apetite até delírios.

No caso do Rio Doce, depois do crime ambiental da barragem de Fundão, em Mariana (MG), entre as substâncias encontradas na água está o mercúrio. Já existem tecnologias disponíveis para descontaminação, mas segundo o professor Alécio, “é importante oferecer alternativas, principalmente tecnologias mais baratas para remoção de contaminantes tóxicos”, explica. (Karen Terossi – Assessoria de Comunicação Social)

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