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“MISTÉRIO” NO RIBEIRÃO LAJE

Estiagem afeta volume de água em córregos. Professor comenta o assunto mostrando o exemplo da Laje

Muito está sendo dito na região de Iporá sobre cursos dágua em rios que estão perdendo volume. Em córregos o volume diminui tanto que, em alguns casos, o manancial desaparece ou quase desaparece. A estiagem de 2014 está castigando muito. As chuvas não parecem ainda em tempo de cair com intensidade suficiente para aumentar o volume de água em córregos e rios.

O professor Moizeis Alexandre Gomis, dono de uma pequena chácara nas margens do córrego da Laje e que divide os municípios de Iporá e Israelândia, fala de algo que ocorre por lá que chega a ser estranho. Vamos ao texto do professor:

“MISTÉRIO” NO RIBEIRÃO LAJE

Algo estranho, inusitado, misterioso… está acontecendo no ribeirão Laje e que vem causando transtornos aos moradores das margens do ribeirão. De uma hora para outra o fluxo de água é reduzido drasticamente, ficando só um filetezinho do precioso líquido H2O correndo. De repente, volta a correr normal.

Ontem, sábado, 13 deste mês de setembro, eu estava em nossa chácara trabalhando no meu planejamento quinzenal, que todo professor da Rede Estadual de Educação tem que fazer – aliás, uma ótima coisa que o Secretário Tiago Peixoto implantou, pois todo trabalho eficiente é precedido de um bom planejamento – quando, percebi que o ribeirão estava quase seco, pois não havia mais barulho da cachoeira que fica perto da casa. Continuei garrado no meu trabalho de sofressor, ou melhor, de professor e curtindo o silêncio da natureza, escutando os cantos das rolinhas – que cantavam povo-acabou desde que saíram da arca de Noé e se surpreenderam com a Terra vazia de humanos – também do sabiá e o incansável tô-fraco das angolas, além das broncas do mal humorado peru. De repente, lá pelas 3 horas da tarde, quando a evaporação ocorre com maior incidência, a cachoeira começou a faze barulho e a barragem que fornece água para a residência e para a represa do pesque-pague, que estava vazia, voltou a transbordar: mistério… chuva na cabeceira há várias semanas que não cai!

Hoje domingo, um dia depois, ao chegarmos lá, eu minha e esposa com nossos netos e outra criança, tivemos a desagradável surpresa: não havia água na mangueira da pia da varanda, que corre em queda de nível, pois a barragem estava quase seca, e apenas um fiapinho de água correndo. Não tinha água para molhar a horta e nem para os animais beber. O pior é que até quando saímos, já mais de 18 horas, a água não havia voltado a correr, como nos outros dias.

Não estou fazendo uma denúncia, pois para isto necessita-se de averiguação in lócus para se constatar alguma ação ilegal de desvio inadequado da água que alguém, talvez, estivesse fazendo do ribeirão, por bombeamento ou outro meio, para alguma atividade. Mas quero apenas que essa história descontraída pudesse chegar ao conhecimento de pessoas que trabalham em órgãos responsáveis pela fiscalização do meio ambiente e procurassem ver o que está acontecendo. Pois, pelas evidências, parece não ser por causas naturais. Pois, neste caso, a redução do curso d’água ocorre de forma gradual e constante e pode até secar, em caso de prolongado período de seca, o que não é a realidade deste ano, pois até choveu uma semana em julho, o que não é comum, e, normalmente, a água do ribeirão só diminui muito lá pelo os mês de outubro.

Poderia alguém usufruir de um curso d’água ao ponto de prejudicar os outros usuários dele? Isso é legal? E quem, afinal, pode fiscalizar, orientar e até aplicar sanções legais aos que cometem crimes ambientais, quando isso acontece? Esperamos que as autoridades competentes atentem para esse “mistério”… que está causando tanto incômodos aos moradores que vivem às margem do ribeirão Laje abaixo da ponte da GO 060, pois, se algo impróprio estiver acontecendo, é acima dela. Vamos ficar muito agradecidos se ainda nesta semana, oxalá fosse amanhã, algum funcionário municipal, ou do IBAMA, ou da Secretaria Estadual do Meio Absente, ou seja lá quem for, fosse dar uma olhadinha para desvendar o misterioso “monstro chupa-água” do ribeirão Laje!

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