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Revista Sapiência enfoca Bernardo Élis, regionalista universalista

É com uma imensa satisfação que a Revista Sapiência: sociedade, saberes e práticas educacionais irá publicar no próximo sábado (28/11/2020) um número especial para tratar da obra do Escritor Goiano Bernardo Élis.

Acesse a nossa revista:

https://www.revista.ueg.br/index.php/sapiencia

Descubra um pouco mais da obra desse grande escritor goiano!

A publicação é parte da comemoração da Quinzena Bernardo Elis – realizada entre os dias 15 e 30 de novembro. Esse número especial compõe um projeto maior desenvolvido pelo Instituto Cultural e Educacional Bernardo Élis para os Povos do Cerrado – ICEBE, denominado Colóquios Primordiais sobre Bernardo Élis. Projeto que tem o propósito de manter viva a obra do grande escritor goiano.

Ao longo deste ano, concomitante aos Colóquios Primordiais, membros do ICEBE, do Instituto Histórico e Geográfico de Goiás (IHGG) e de academias de letras (Goiânia, Goianiense, Trindade, Palmeiras de Goiás, Pirinópolis etc.); além de pesquisadores, professores universitários e demais estudiosos da obra de Bernardo Élis, dedicaram à escrita de artigos, notas de pesquisas, biografias e até cartas. Esse material, focado na obra bernardiana, foi parcialmente publicado no Jornal Opção (https://www.jornalopcao.com.br/). Todavia, decididos a aglutiná-lo e somá-lo a novos textos ainda inéditos, foi construída a parceria entre a Revista Sapiência: sociedade, saberes e práticas educacionais, da Universidade Estadual de Goiás (UEG/UnU de Iporá), e o ICEBE para publicação da presente Seção Especial.

Bernardo Élis nasceu na pequena cidade de Corumbá de Goiás, em 15 de novembro de 1915 e morreu em 30 de novembro de 1997. No decorrer de 82 anos presenciou transformações profundas da realidade social, agrária, urbana e cultural de Goiás. Foi contemporâneo da Marcha para o Oeste (política de Getúlio Vargas); da construção e fundação de Goiânia e de Brasília; da modernização da agricultura nas áreas de Cerrado; e também da mobilidade de milhares de trabalhadores do campo para as periferias urbanas.

Assim, no caminhar de sua vida, Bernardo Élis, ao pisar na terra vermelha do Planalto Central, foi percebendo desde jovem que essa terra dadivosa era e é mal distribuída; que na terra vermelha do Cerrado goiano derramaram o sangue e as lágrimas dos povos originários vencidos e pilhados, dos trabalhadores escravizados, dos meeiros, posseiros e camponeses oprimidos pelo latifúndio. Élis viu e ouviu as histórias dos injustiçados, apreendeu as oralidades do povo goiano para transformá-las em narrativas de estilo próprio. Nessas narrativas, uniu, com maestria, estética e engajamento político.

Diante disso, ao mesmo tempo em que Élis irrigou o convívio humano com o povo de sua terra, estudou filosofia, línguas, história e literatura; leu clássicos da literatura brasileira e estrangeira; fez amizades com grandes escritores do país; militou e chegou a ser candidato pelo Partido Comunista (PCB); foi perseguido no contexto da Ditadura Militar; foi e ainda é (2020) o único goiano a fazer parte da Academia Brasileira de Letras (ABL); teve decepções e alegrias; escreveu, publicou, amou, chorou, sorriu e sonhou.

Bernardo Élis produziu uma obra que conta com ensaios, contos, crônicas, poemas, romances, entrevistas e novelas. Sua literatura vasculha o rés do chão da realidade regional goiana, ao mesmo tempo em que é universal, pois narra os dramas, sonhos e dores humanas. Conforme palavras do crítico literário Tristão de Athayde, Élis foi um “regionalista universalista”. Escreveu e publicou mais de vinte livros, entre eles Ermos e Gerais, Veranico de Janeiro, O tronco, Caminhos e Descaminhos, A terra e as Carabinas e Chegou o Governador. Sua obra não tem discordância com a vida que teve. Tal como foi a vida do escritor colombiano Gabriel Garcia Marquez, podemos dizer que Bernardo Élis “viveu para contar”.

Ricardo Júnior de Assis Fernandes Gonçalves.

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