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De seringueiras serão feitas primeiras sangrias. Curso é programado

Do que se falou desde seis anos atrás, agora haverá a materialização do sonho! Está previsto para setembro deste ano um curso para orientar produtores rurais sobre a forma de se fazer sandrias nas árvores que dão látex, matéria prima da borracha, tão usada na industrialização de vários objetos.

A região vai colher os primeiros resultados. Isso feito com sangrias nas árvores, da qual se extrai o látex, produto a ser vendido para a indústria. Em conexão e colaboração com o trabalho da Associação dos Heheicultores de Iporá e Região, o Sindicato Rural de Iporá Diorama e Israelândia programou o curso que orientará os que vão se dedicar a sangria de seringueiras. O Sindicato acionou o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), entidade com a qual tem convênio, e que traz para Iporá o curso de sangria de seringueiras. Será um aprendizado gratuito para os que se inscreverem nesse curso datado para entre 10 e 15 de setembro, feito com aulas práticas em locais do município onde tem seringueiras em momento de serem submetidas às primeiras extrações.

O curso terá carga horária de 24 horas e pode ser feito para os de idade mínima de 18 anos. São 16 vagas. O curso inclui noções sobre meio ambiente e legislação ambiental e sobre solo, clima, topografia e ainda sobre seleção de árvores para a sangria, equipamentos e ferramentas para sangria de seringueiras, bem como comercialização e distribuição do látex e sobre técnicas de sangria e coleta de látex.

Arnon Geraldo Ferreira, um entusiasta do cultivo de seringueiras na região do Oeste Goiano e que também dá seu exemplo, com plantio em propriedade dele, nas proximidades do Jacinópolis, faz um relato sobre o histórico desse tipo de cultivo em municípios deste lado do Estado.

Segue o que tem ocorrido, desde as primeiras iniciativas

DO SONHO A ATUALIDADE – PROJETO SERINGUEIRA.

A partir da ideia e do sonho de dois filhos de Iporá-Go e que tiveram contato com A Seringueira no ano de 1986 em Campinápolis – Mt, nasce em 2008 à ideia da implantação dessa cultura na região de Iporá – Go e apos visitar a região de Goianésia e Barro Alto – Go, o maior polo produtor de Látex do estado de Goiás.

HISTORICO DO PROJETO:

Após um processo de coleta de dados relativo as condições climáticas da região e a sua aceitabilidade, é feito no dia 28 de Outubro de 2008, na AABB de Iporá um evento voltado para o plantio de florestas e no evento foi apresentado 4 tipos de florestas – Seringueira – Eucalipto – Frutos do Cerrado e Mogno Africano, sendo que a atividade que se consolidou e tomou corpo através do associativismo foi o do plantio da seringueira.

Ano de 2009 e 2010 – Foram feito vários encontros com os produtores rurais a exemplo da região do Jacaré – Buriti – Jacinopolis – Jacuba e ate mesmo na Câmara Municipal.

Ano de 2010 – Visita a Goianésia com 20 produtores ao polo de Goianésia e fomos recebidos pelo Saudoso Segundo Bráulio (im memoriam) quem propicio a chegada da Seringueira em Goiás.

Em Dezembro de 2010, da se o inicio do plantio através do Senhor Dorivaldo (Doro) que plantou na sua pequena propriedade 450 mudas e aumentadas para 2.000 depois.

Em Abril de 2011 é criado a AHIR – Associação dos Heveicultores de Iporá e Região, com a participação de 53 Associados.

Em Fevereiro de 2012 foi feito o segundo plantio na Fazenda Jacaré através dos senhores Bartolomeu Ferreira Bernardes e Adão Rosa Oliveira num total de 4.500 arvores.

E já no ano de 2013 – na região do Jacinópolis, a 2 km das Águas Claras, foi efetuado o plantio na minha propriedade de 4.000 arvores.

Esse é um breve histórico do trabalho de implantação da ideia e hoje já passamos pelo processo de implantação, manutenção e iremos iniciar o mais aguardado dos ciclo que é o da extração do látex, que será em setembro de 2018 – a partir de um curso que será ministrado pelo SENAR na propriedade do Sr. Dorivaldo.

IMPORTÂNCIA ECONOMICA

Após o inicio deste ciclo poderemos ver a importância econômica desta no alternativa de renda para o pequeno produtor o qual é o nosso foco principal, sem deixar de lado os demais, mas levando em consideração a necessidade que cada produtor tem de diversificar a renda da sua propriedade, e com a agregação de valor a seu produto, se faz necessário a diversificação, pois quando uma fonte está em baixa a outro faz a recuperação e assim a subsistência do pequeno, que muita vezes não possui a infraestrutura e nem o suporte de um médio e grande produtor possui.

IMPORTÂNCIA ECOLÓGICA

Levando em consideração também o fator ecológico da cultura, podemos agregar mais essa condição na exploração econômica e ambiental.

E principalmente se observarmos a crescente necessidade da preservação ambiental pois a cada dia observamos o aumento do efeito estufa pela emissão dos gases poluentes na atmosfera.

Só poderemos amenizar essa situação e também a da falta de agua o que vem ocorrendo com grande frequência, pelo ritmo descontrolado do desmatamento e gerando uma instabilidade na quantidade de chuva, através da conscientização da preservação.

A Seringueira pelo fato de ser uma espécie de grande longevidade, já que seu ciclo de vida produtiva pode chegar a 50 anos ela é uma das espécies aceitas para a recomposição da Área de Reserva Legal (ARL).

Através da criação da AHIR – Associação dos Heveicutores de Iporá e Região, fizemos todas as gestões junto a Secretária de Meio Ambiente Estadual – Secretária da Agricultura e Abastecimento Estadual – Incra – Faeg – Emater – Embrapa – e outras instituições afins.

EXPECTATIVA ATUAL E FUTURA

Nossa expectativa é de que após o processo de consolidação que será executado a partir de setembro agora, onde inicia a fase produtiva e que será complementada até meados de 2020, onde todos já estarão fazendo suas sangrias, um novo processo se iniciara que será o da busca de processo de beneficiamento do produto extraído e vendido como matéria prima. Esse processo será o mais complexo devido a na atualidade nem mesmo o polo produtor de Goianésia e outros, terem conseguido a quantia necessária de produto para a criação de uma Indústria.

Mas tenho a esperança e levando em conta vários exemplos de indústria por meio de cooperativa, acredito que iremos conseguir tal proeza. Pois o principal já fizemos que era o inacreditável a implantação de 4 seringais em uma região dominante pela pecuária leiteira, não somos concorrente e sim parceiros dos produtores de leite. A seringueira é uma alternativa e não a solução da propriedade.

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