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Acusado da morte de Vanessa Carmargo voltou a ser preso

Horácio: De acusado para réu

Na manhã de hoje, segunda-feira, 20, a Polícia Militar cumpriu mandado de prisão de Horácio Rozendo Neto. Ele é acusado de crime contra a sua esposa Vanessa Camargo.

No ato de pronunciar em desfavor de Horácio Rozendo de Araújo Neto, o Juiz Wander Soares da Fonseca, decretou também sua prisão, que foi cumprida imediatamente na manhã desta segunda-feira. Ele volta ao presídio, onde já esteve, mas que fora colocado em liberdade.

A prisão de Horácio Neto agora expedida é de caráter preventivo. O processo avança para uma nova fase. Ele agora passa a ser réu. Antes, era apenas acusado. Ser réu no processo significa que vai ao Tribunal do Júri para ser julgado pela comunidade, em data ainda a ser definida.

Em trecho da sentença o Juiz Wander afirma que é demonstrada a prática de homicídio em desfavor de esposa grávida, na presença do filho menor, com ação fraudulenta para desvencilhamento da autoria delitiva, mesmo diante de todo conjunto probatório apresentado em juízo, forçoso reconhecer a necessidade de revogação de medidas cautelares diversas da prisão ante a robustez probatória amealhada sob o crivo do contraditório e da ampla defesa, quando demonstrado vividamente a periculosidade do acusado que em liberdade vulnera a garantia da ordem pública, e pelos atos praticados alhures externa possibilidade concreta de frustração de aplicação da lei penal (art. 312 do CPP).

A promotora de Justiça Margarida Bittencourt da Silva Liones tinha oferecido denúncia criminal contra Horácio Rozendo de Araújo Neto, pelo homicídio triplamente qualificado de sua mulher, Vanessa Camargo. O crime, que teve ampla repercussão em todo Estado, ocorreu na manhã de 31 de julho do ano passado, no município de Iporá.

O crime

Segundo detalhado na denúncia, Horácio e Vanessa eram casados desde janeiro de 2014 e, em decorrência dessa união, tiveram um filho, que, à época do crime, tinha 1 ano. Apurou-se ainda que a vítima estava grávida de aproximadamente, 4 meses, ficando demonstrado que o denunciado era pai biológico do nascituro.

Verificou-se também que Vanessa, mesmo residindo em Iporá com sua família desde o seu casamento, cerca de quatro meses antes do fato, passou a exercer o cargo de gerente da Natura na cidade de Goiânia, onde permanecia por volta de quatro dias durante a semana. Nesse contexto, a vítima tinha o costume de viajar para Goiânia às segundas-feiras, ainda durante a madrugada, retornando para Iporá geralmente às quintas-feiras.

No dia do crime, segundo apontado na peça acusatória, uma segunda-feira, Horácio, Vanessa e o filho do casal saíram da residência onde moravam, no Bairro Mato Grosso, em Iporá-GO, por volta de 5h31, com destino a Goiânia, onde a vítima tinha um compromisso profissional. No trajeto entre o residencial onde moravam e a rodovia estadual não pavimentada GO-320 (zona rural de Ivolândia), no interior do veículo, Horácio deflagrou um disparo de uma arma de fogo a curta distância no rosto da vítima, que estava no banco de passageiro, causando-lhe a morte.

A denúncia ressalta que o crime aconteceu na presença do filho do casal, que estava sentado na cadeira infantil, no banco traseiro do carro. Apurou-se também que Horácio agiu assim porque a mulher havia manifestado a intenção de se separar dele, por insatisfação com o relacionamento. Para praticar o crime, afirma a peça acusatória, o denunciado dissimulou seus atos, pois ocultou sua verdadeira intenção homicida, fingindo que levaria sua esposa e filho para Goiânia, onde ela tinha compromisso profissional.

De acordo com a promotora, o denunciado também se utilizou de outro recurso que dificultou a defesa da vítima, pois, efetuou o disparo no momento em que ela se encontrava em posição de repouso no banco de passageiro do veículo. Além de provocar a morte da mulher, o disparo levou ao aborto, interrompendo a vida intrauterina do feto, decorrente da morte da gestante.

Por fim, após concluir seu intento criminoso, Horácio Neto modificou o estado de lugar ou de coisa do crime. Desse modo, além de ter ocultado a arma de fogo usada, na condução do veículo, deslocou-se por cerca de 34 km da rodovia GO-320, sentido Iporá-Ivolândia, e, já na zona rural de Ivolândia, colocou o carro de maneira suave em um recuo (vala de escoamento), à margem esquerda da rodovia. “A finalidade do denunciado era induzir a erro juiz ou perito para produzir efeito em processo penal”, afirmou Margarida Liones.

Ela acrescenta que Horácio pretendia reforçar sua versão, sustentada perante os policiais militares que atenderam à ocorrência e na Polícia Civil. Segundo a versão do denunciado, ele foi abordado por duas pessoas, em uma motocicleta, enquanto transitava na GO-060, quando um dos suspeitos teria assumido a condução do carro, determinando que ele passasse para a parte traseira. De acordo com o denunciado, esse agressor teria efetuado um disparo de arma de fogo contra a vítima e abandonado o carro na GO-320, empreendendo fuga com a ajuda de um comparsa, sem levar nenhum objeto.

“Todavia, esta versão foi descartada durante as investigações policiais, que constataram que Horácio Neto é o autor do crime praticado contra sua mulher, Vanessa Soares”, concluiu a promotora.

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