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Réu Horácio Rozendo de Araújo Neto volta a ganhar liberdade

Após pedido de HABEAS CORPUS protocolado pela defesa de Horácio Neto, o Tribubal de Justiça de Goiás por seu desembargador IVO FAVORO entendeu não ter havido fato novo que justificasse a prisão nesse momento processual. Permanecerá solto nessa fase processual.

A decisão foi de ontem, sexta-feira, 24, e o réu já está em liberdade. Horácio Neto é tido pelo Ministério Público como aquele que tirou a vida de sua esposa Vanessa Camargo. Em data futura ele irá ao Tribunal do Juri, para ser julgado. O crime de 31 de julho do ano passado ganhou repercussão estadual.

A defesa alega que a morte de Vanessa teria sido por ladrões que abordaram o casal em rodovia, quando iam para Goiânia.

O crime

Segundo detalhado na denúncia, Horácio e Vanessa eram casados desde janeiro de 2014 e, em decorrência dessa união, tiveram um filho, que, à época do crime, tinha 1 ano. Apurou-se ainda que a vítima estava grávida de aproximadamente, 4 meses, ficando demonstrado que o denunciado era pai biológico do nascituro.

Verificou-se também que Vanessa, mesmo residindo em Iporá com sua família desde o seu casamento, cerca de quatro meses antes do fato, passou a exercer o cargo de gerente da Natura na cidade de Goiânia, onde permanecia por volta de quatro dias durante a semana. Nesse contexto, a vítima tinha o costume de viajar para Goiânia às segundas-feiras, ainda durante a madrugada, retornando para Iporá geralmente às quintas-feiras.

No dia do crime, segundo apontado na peça acusatória, uma segunda-feira, Horácio, Vanessa e o filho do casal saíram da residência onde moravam, no Bairro Mato Grosso, em Iporá-GO, por volta de 5h31, com destino a Goiânia, onde a vítima tinha um compromisso profissional. No trajeto entre o residencial onde moravam e a rodovia estadual não pavimentada GO-320 (zona rural de Ivolândia), no interior do veículo, Horácio deflagrou um disparo de uma arma de fogo a curta distância no rosto da vítima, que estava no banco de passageiro, causando-lhe a morte.

A denúncia ressalta que o crime aconteceu na presença do filho do casal, que estava sentado na cadeira infantil, no banco traseiro do carro. Apurou-se também que Horácio agiu assim porque a mulher havia manifestado a intenção de se separar dele, por insatisfação com o relacionamento. Para praticar o crime, afirma a peça acusatória, o denunciado dissimulou seus atos, pois ocultou sua verdadeira intenção homicida, fingindo que levaria sua esposa e filho para Goiânia, onde ela tinha compromisso profissional.

De acordo com a promotora, o denunciado também se utilizou de outro recurso que dificultou a defesa da vítima, pois, efetuou o disparo no momento em que ela se encontrava em posição de repouso no banco de passageiro do veículo. Além de provocar a morte da mulher, o disparo levou ao aborto, interrompendo a vida intrauterina do feto, decorrente da morte da gestante.

Por fim, após concluir seu intento criminoso, Horácio Neto modificou o estado de lugar ou de coisa do crime. Desse modo, além de ter ocultado a arma de fogo usada, na condução do veículo, deslocou-se por cerca de 34 km da rodovia GO-320, sentido Iporá-Ivolândia, e, já na zona rural de Ivolândia, colocou o carro de maneira suave em um recuo (vala de escoamento), à margem esquerda da rodovia. “A finalidade do denunciado era induzir a erro juiz ou perito para produzir efeito em processo penal”, afirmou Margarida Liones.

Ela acrescenta que Horácio pretendia reforçar sua versão, sustentada perante os policiais militares que atenderam à ocorrência e na Polícia Civil. Segundo a versão do denunciado, ele foi abordado por duas pessoas, em uma motocicleta, enquanto transitava na GO-060, quando um dos suspeitos teria assumido a condução do carro, determinando que ele passasse para a parte traseira. De acordo com o denunciado, esse agressor teria efetuado um disparo de arma de fogo contra a vítima e abandonado o carro na GO-320, empreendendo fuga com a ajuda de um comparsa, sem levar nenhum objeto.

“Todavia, esta versão foi descartada durante as investigações policiais, que constataram que Horácio Neto é o autor do crime praticado contra sua mulher, Vanessa Soares”, concluiu a promotora.

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