Entre Sindicato Rural de Iporá e Associação dos Muladeiros do Oeste Goiano (Amog) está havendo uma dificuldade para entendimento quanto a locação do Parque Agropecuário com vistas a realização naquele local do 7º Encontro Nacional de Muladeiros, a se realizar entre 22 e 26 de janeiro próximo.
A Amog encaminhou um ofício à diretoria do Sindicato Rural propondo que mais uma vez pretendia a locação do espaço para a sua festa anualmente realizada. De iniciativa da Amog foi proposta a disposição de pagamento de 20 mil reais pelo uso do Parque Agropecuário nesta próxima edição da festa. A entidade, por sua própria conta, majorou esse valor, já que em anos anteriores foram pagos: em 2010, R$ 7.000,00; em 2011, R$ 8.000,00; em 2012, R$ 10.000,00, em 2013, R$ 15.000,00. Nos anos de 2008 e 2009 o Parque foi cedido gratuitamente. Em todos anos o Sindicato Rural contou com entrada franca para seus sindicalizados.
Assim que a proposta foi encaminhada à diretoria do Sindicato Rural, veio uma contraproposta, pela qual a entidade dona do Parque exige o valor de 30 mil reais para ceder a área e ainda o direito de uso dos seus patrocinadores em outdoors dentro da área. Dentre estas publicidades de dentro do Parque a principal é a da empresa Amarildo Martins. Além disso, o Sindicato exigiu para seus diretores estacionamento e o uso do galpão conhecido como “churrascaria”.
A diretoria da Amog não reagiu bem a essa contraproposta do Sindicato. Opinam que o valor de 30 mil reais é um exagero, levando em conta as condições em que foram feitas as negociações anteriores. João Benedito, presidente da Amog, em conversa com a reportagem do Oeste Goiano, disse que os que dirigem o Sindicato Rural de Iporá precisam pensar melhor a respeito do assunto, tendo em vista que esse evento de âmbito nacional é hoje um cartão postal da cidade de Iporá, o qual leva a imagem da cidade para todos os recantos do país. “Não tem sentido algum cobrar esse valor e fazer todas estas exigências”, afirma o presidente da Amog. Ele acrescenta que com essa contraproposta o Sindicato Rural deixou de ser um parceiro e passou a ser um entrave na realização do evento.
João Benedito lembra que esse evento está diretamente ligado à economia do município, trazendo um grande volume de divisas. Lembra ainda que alguns dos diretores do Sindicato Rural são, inclusive, pessoas ligadas ao comércio local, como donos de hotéis, leilão, etc… e a atitude de dificultar a festa vem contra eles próprios e, principalmente, contra a cidade. Para Benedito, a Amog não pertence somente a Iporá e sim a toda comunidade local. Ele afirma que ainda espera o bom senso dos diretores do Sindicato Rural, flexibilizando nesta negociação que está sendo feita.
Preocupação com dívida
O presidente da Amog afirma que a entidade a qual está a frente se preocupa com eventuais surgimentos de dívidas. Em razão disso, é que os contratos são fechados de forma que a Amog possa honrá-los a todos no final de cada evento. Ele salienta que a Associação de Muladeiros é diferente do Sindicato Rural. Ao contrário do Sindicato, a Amog tem poucos associados e se vier a ficar com grande dívida, como a que o Sindicato tem, no valor superior a 700 mil reais, ficaria difícil de dividi-la entre seus poucos mais de 10 membros.
A reportagem tentou um contato com Amarildo, presidente do Sindicato, entidade dona do Parque Agropecuário. Não foi ainda possível falar com ele. Amarildo terá oportunidade de comentar o assunto para o público.
