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A diminuição das vazões dos mananciais hídricos de Iporá é preocupação

Flávio: Doutor em geomorfologia e autor de estudo sobre a Bacia do Córrego Santo Antônio

“A forma como lidaram com a natureza ao longo dos anos, trouxe como consequências essa redução nas vazões de água”, afirma o professor. Tendo em vista que ele fez um detalhado estudo sobre a Bacia do Córrego Santo Antônio, a reportagem do Oeste Goiano o procurou para ouvir dele sobre o assunto, dando sequencia a série de reportagens que está sendo levada ao público. 

Há dez anos, o professor fez parte de um Comitê de Defesa do Santo Antônio, o manancial que abastece a cidade. Mas ele recorda que o trabalho acabou não indo avante. “E isso foi uma pena, pois a cada ano a situação foi se agravando”, afirma. Ele é dos que clamam por ações em prol da bacia, caso contrário, um dia faltará água para abastecer a cidade de Iporá.

Ele acrescenta que deverá existir uma maior preocupação por parte dos produtores ribeirinhos do Santo Antônio e dos seus afluentes, do poder público, da saneago e da sociedade organizada, com a finalidade de reverter ou melhorar a situação atual da bacia. O Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) recentemente feito entre Ministério Público, Produtores, Prefeitura de Iporá e Comosa, trouxe poucos resultados práticos.

Dentre as ações que aponta como necessárias, reforça as já defendidas pelo engenheiro agrônomo Arthur Coutinho, de trabalho de microbacias. Acrescenta que um programa conhecido como “Produtor de Água” desenvolvido pela Agência Nacional de Águas (ANA), poderia também ser adotado na bacia do Córrego Santo Antônio. Este projeto, diz respeito ao conjunto de ações para preservação de água e solos em bacias hidrográficas, inclusive com incentivo financeiro ao produtor que cumprir suas metas de conservação. O professor relata que em outros Estados, isto tem dado resultados, pois, “ganha o proprietário e ganha a natureza”.

Além disso, Flávio defende a reativação do Comitê de Defesa do Santo Antônio e que haja a participação do poder público, especialmente da Saneago, órgão que mais precisa do córrego, em função da água que retira para abastecer a cidade de Iporá. O professor está preparando a execução de um projeto de pesquisa intitulado “RECUPERAÇÃO DE ÁGUA E SOLO A MONTANTE DA CAPTAÇÃO DE ÁGUA NO RIBEIRÃO SANTO ANTÔNIO”. O projeto visa mapear e analisar as reais condições ambientais na localidade, o projeto está vinculado à UEG e também foi submetido ao CNPQ (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) e pleiteia R$ 30 mil reais para custear as despesas deste estudo.

“Se nos unirmos, criaremos uma sinergia capaz de realizar muitas boas coisas”.
Flávio Alves de Sousa é Professor do curso de Geografia da UEG – Unidade de Iporá;
É Bacharel em Geografia pela Universidade Estadual de Londrina (UEL);
Especialista em análise ambiental pela Universidade Federal do Paraná (UFPR);
Mestre em Geografia Física pela Universidade Federal de Goiás (UFG);
Doutor em Geomorfologia pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU).

 

 

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