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Ações da UEG de Iporá serviram para ser marcante Dia do Meio Ambiente

O Dia Mundial do Meio Ambiente (05 de junho) foi instituído tendo como objetivo principal chamar a atenção de todas as esferas da população para os problemas ambientais e para a importância da preservação dos recursos naturais. Para marcar a data, os cursos de Ciências Biológicas e de Geografia do Câmpus da UEG de Iporá, juntaram forças e realizaram conjuntamente o XVIII Encontro de Biologia de Iporá (ENBIP) e XXI Encontro de Geografia (ENGEO). Fizeram parte da comissão organizadora os professores Douglas H. Bottura Maccagnan (Ciências Biológicas), Antônio Fernandes dos Anjos e Flávio Alves de Sousa (Geografia).

O tema escolhido foi “Cerrado: ambiente natural e apropriação” e o evento aconteceu entre os dias 05 e 07 de junho, quando foram ofertadas palestras e minicursos aos mais de 130 inscritos. Para o Prof. Dr. Douglas H. Bottura Maccagnan, representante do curso de Biologia na comissão organizadora, a união dos dois cursos fortalece a formação interdisciplinar dos acadêmicos da UEG. Segundo ele, a biologia e a geografia são áreas afins e se interconectam. A biologia, estudando as biomoléculas, os ecossistemas e as consequências de sua devastação à vida humana, e a geografia, estudando as características da superfície do planeta Terra, os fenômenos climáticos e a ação do ser humano no meio ambiente, criam de maneira integrada uma sinergia capaz de auxiliar na compreensão dos fenômenos naturais e na elaboração de planos de conservação e mitigação de danos à natureza.

Para os coordenadores, realizar um evento agrupando as duas disciplinas permite o desenvolvimento de uma visão crítica mais holística e, dessa forma, possibilita aos acadêmicos dos cursos de Ciências Biológicas e Geografia maior capacidade para diagnosticar e solucionar problemas de ordem social e ambiental.
A abertura do evento ocorreu com uma mesa redonda que teve como tema “Cerrado: ambiente natural e apropriação”. Compuseram a mesa a Profa. Dra. Vânia Sardinha dos Santos Diniz (IF Goiano – Campus Iporá), que apresentou a grande diversidade florística que o Bioma Cerrado agrega e também as possibilidades de uso que elas possuem. Na sequência, o Prof. Dr. Antônio Fernandes dos Anjos (UEG – Câmpus Iporá) apresentou o histórico da ocupação recente do homem no Cerrado, passando desde as primeiras grandes migrações por conta da mineração de ouro e pedras preciosas até o desenvolvimento tecnológico que possibilitou a ocupação da área pelo agronegócio.

A mesa de encerramento, na noite de sexta-feira, teve como tema “Agricultura sustentável e conservação dos recursos naturais do Cerrado”. Compondo a mesa, a doutoranda Joema Rodrigues Cardoso Santos (IFG – Campus Goiânia) enalteceu as possibilidades vindas da preservação do bioma Cerrado, apresentando uma série de produtos comerciais feitos a partir de plantas e frutos nativos, como macarrão feito a partir da farinha de barú e biofilmes com propriedades antimicrobianas que foram desenvolvidos a partir de frutos como a mangaba. Esses biofilmes poderão em um futuro próximo estarem sendo utilizados revestindo alimentos para evitar sua contaminação e aumentar sua durabilidade.

Outro membro da mesa de encerramento foi o Prof. Dr. Hildeu Ferreira da Assunção (UFJ) que apresentou métodos alternativos para a produção rural, destacando diferentes técnicas de cultivo e de produção animal que, quando aplicadas de forma integrada, garante ao produtor rural retorno e segurança financeira. Dessa forma o produtor rural tem o sustento da família, produzindo alimentos com menos aplicação de produtos químicos, consequentemente mais saudáveis e de menor impacto ambiental.

Além das palestras, os participantes tiveram a oportunidade de aprender com minicursos. Na quinta-feira, teve o minicurso que apresentou o uso de plantas alimentares não convencionais (PANC) como alternativas para nossa nutrição, ministrado pela Profa. Dra. Vânia Sardinha dos Santos Diniz, e o minicurso sobre ao estudo do clima urbano, ministrado pelo Prof. Me. Washington Silva Alves (UEG – Câmpus Iporá). Na sexta-feira foi a vez do minicurso sobre produção de mudas de plantas nativas do Cerrado, ministrado pela Profa. Ma. Viviane de Leão Duarte Specian (UEG – Câmpus Iporá), e do minicurso sobre a evolução e características dos solos do Cerrado, ministrado pelo Prof. Dr. Flávio Alves de Sousa (UEG – Câmpus Iporá). No evento também houve um momento em que os acadêmicos dos cursos de biologia e geografia apresentaram os resultados das pesquisas científicas que realizam.

O Prof. Antônio Fernandes dos Anjos, comenta o sucesso do evento ao destacar sobre as possibilidades de desenvolvimento econômico e geração de renda que podem ser conseguidas preservando o Cerrado. Para ele, não podemos falar em conservação sem contar com o homem inserido no ambiente. Existem necessidades humanas que devem ser supridas pela geração de recursos financeiros. Ao mesmo tempo um ambiente natural equilibrado se faz necessário para a sadia qualidade de vida. Cabe a nossa geração achar o caminho para crescermos como sociedade e ao mesmo tempo garantir para as futuras gerações os mesmos recursos naturais que hoje temos disponíveis. Essa possibilidade ficou evidente nos exemplos apresentados nas palestras durante o evento, afirma o professor.

Findado o evento, comissão organizadora do XVIII ENBIP e XXI ENGEO, só tem a agradecer a todos aqueles que de alguma forma ajudaram na execução e consequente sucesso do evento. Em especial ao Pe. Pablo Henrique de Faria da paróquia São Paulo VI que gentilmente cedeu o espaço para as palestras.

Por fim, junto com os coordenadores dos cursos de Ciências Biológicas e Geografia, aproveitamos a oportunidade para esclarecer que, embora a UEG se prepare para um processo de reestruturação, o Câmpus de Iporá e todos os cursos nele ofertado não correm o risco de fechamento. Essa garantia vem da qualidade de nossos cursos, onde a grande maioria do corpo docente é formada por efetivos mestres, doutores e pós-doutores, garantindo a excelência na formação de nossos alunos e colocando o câmpus da UEG de Iporá entre os mais bem pontuados. Embora estejamos em um momento de ventania, somos uma árvore forte que não corre o risco de cair. Esperamos receber no próximo ano mais jovens de Iporá e região em nossos cursos, que são patrimônio de todos nós.

Do site da UEG de Iporá

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