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A morte nunca esteve tão perto de nós, alerta professora

Por Núbia Cristina dos Santos Lemes 

Meu nome é Núbia Cristina dos Santos Lemes. Sou professora na Universidade Estadual de Goiás e ontem fui eleita (entre representantes de usuários do Sistema Único de Saúde – SUS, trabalhadores da saúde, prestadores de serviços da saúde e gestores do SUS), representando aquela instituição, presidente do Conselho Municipal de Saúde de Iporá.

Como ato inicial desta gestão quero trazer para a sociedade, uma notícia desalentadora: a morte está cada vez mais perto de nós. Mas por que o cenário mostrado nos meios de comunicação não parece nos assustar? Carreatas fúnebres, amigos ou familiares mortos, sequelas da doença… Isso é pouco ainda? O que falta acontecer para nos sensibilizar para o perigo que nos ronda? 

Será que é porque somos tão otimistas acreditando que nunca acontecerá conosco ou talvez somos tão ignorantes que não ouvimos o clamor dos profissionais da saúde que o vírus pode acometer a qualquer um de nós?

Ontem conversei com profissionais que atuam diretamente com os acometidos do vírus covid-19 em Iporá, e o cenário narrado é assustador. No estado de Goiás, as vagas em Unidades de Terapia Intensivo (UTI) estão se extinguindo porque o número de casos está se espalhando de maneira exponencial. Quando um profissional da saúde narrou, em meio aos prantos, o trabalho que ele e sua equipe desenvolveu para salvar vidas e, mesmo com demasiado esforço, as vidas se foram diante deles: me comovi! 

Me comovi não só por ter me sensibilizado com a dor do profissional por ter perdido vidas, que ele jurou preservar quando adentrou no ramo na saúde, mas me comovi também pela invisibilidade do trabalho real do profissional da saúde, pois na sua atividade, ele se entrega de forma física e mental, colocando a sua vida e a de seus familiares em risco. 

Os profissionais da saúde estão adoecendo para salvar vidas. E muitas delas, de pessoas que ignoram a importância dos cuidados básicos para não contrair o vírus. Quero que você reflita também que, antes de julgar a atuação do profissional da saúde, saiba que dentro daquela veste branca, há também uma vida! Que se comove, que se entrega para tentar fazer a vida permanecer. Porém, os recursos técnicos que eles precisam também se esgotam e não há UTIs para todos que vão adoecer e os profissionais da saúde sabem disso e nós deveríamos também saber.

Você quer ser o próximo a ouvir que o seu pai, a sua mãe ou o seu filho, se foram?

Ou talvez que a sua mãe, a sua esposa ou o seu filho ouçam que você se foi?

Infelizmente, com o ritmo avassalador de contágios de COVID-19 em nosso município, muitas vidas deixarão de existir ao longo dos próximos dias. 

Então, sejamos cautelosos ao julgar o trabalho do outro. Só o trabalhador sabe as demandas que ele emprega para tentar salvar uma vida e, assim sendo, vamos preservar a VIDA! Evite aglomerações! Use máscara no rosto! Lave as mãos com frequência e quando não puder fazê-lo, use álcool 70%!

 

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