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Nathália é superação: do abandono dos pais até concretização de sonhos

Promotor Sérgio de Sousa oferece livros de direito para fortalecer Nathália em seus estudos. Ela quer ser delegada (Foto de Lizi Dalenogari)

O jornal O Popular desta segunda-feira, 30, trouxe a história de uma iporaense: Nathália. E o jornal, em texto de Malu Longo, mostra que a superação de Nathália tem a ver com anjos bons que atravessaram sua vida. 

As evidências iniciais era de que não ia haver condições para Nathália ser alguém na vida, pois faltou-lhe alicerce familiar. Ela foi resgatada de um ambiente de negligência, onde teve maus tratos e fome. Agora está na faculdade e quer ser delegada. 

Uma das pessoas que atravessou a vida de Nathália, de 19 anos, foi o promotor Sérgio de Sousa, da Segunda Promotoria de Iporá. Quando o promotor chegou em Iporá, em 2012, ele atuou no caso da família de Nathália, constatando abandono de filhos. Nathália tinha 6 anos quando o pai foi assassinado dentro de casa por uma pessoa próxima. Os pais eram dependentes químicos e criavam a menina e a irmã mais nova, N. , em ambiente sombrio. 

A mãe estava grávida de 8 meses quando tudo aconteceu. “Depois da morte dele, ela se afundou ainda mais, vivia no mundo das drogas”, relata Nathália. 

Primeiro, mãe e filhas foram morar com a genitora dela. Depois, a mulher buscou um novo endereço para criar as meninas. “Piorou muito. O local virou ponto de drogas e de prostituição. Ficávamos sem alimento e tínhamos de pedir ajuda aos vizinhos. Eles acionaram o Conselho Tutelar de Iporá e fomos retiradas de nossa mãe, detalha a jovem. 

O promotor de Justiça Sérgio de Sousa conta que as crianças eram deixadas com usuários de drogas e houve relatos de que a mais nova sofreu abuso. Na época não existia em Iporá uma instituição de acolhimento. 

A rede de proteção empenhou para que houvesse amparo às meninas. Elas chegaram a morar com tias, mas foram devolvidas. Com a destituição do poder pátrio, um casal de pastores aceitou acolhê-las com subsídio municipal  definido por meio de Termo de Ajustamento de Conduta (TAC). “Fomos muito bem tratadas, nos sentimos amparadas, dentro de uma família”, lembra a jovem. 

Mas, com a inauguração do abrigo para crianças em situação de risco em Iporá, a Casa Lar Geração Família, a administração local optou por transferir as irmãs para a instituição. 

“Até aquele momento foram três desligamentos: da nossa mãe, da nossa tia e da família acolhedora”, conta Nathália. Depois de um ano na Casa Lar, a mais nova das meninas foi adotada e uma das tias decidiu acolhê-las novamente. “Houve mais uma separação. E foi um período conturbado na casa da minha tia”. Nathália e N. voltaram para a Casa Lar com uma série de traumas e precisaram de acompanhamento terapêutico e psiquiátrico, com uso de medicação. “Abalou muito nosso emocional. Eu já estava com treze anos e sabíamos, quanto mais velhas num abrigo, menos chance teríamos de ser adotadas.” 

Detalha o promotor Sérgio de Sousa que o histórico delas o tocou muito. Disse que “são adolescentes negras, que não tem o estereótipo que é buscado em cadastro de adoção e nas visitas via o sofrimento delas de não ter uma família, um apoio e, por isso, criamos um vínculo.”. 

Nathália se revelou uma pessoa obcecada em mudar a sua própria história. Disse: “coloquei na minha cabeça que queria ser independente. Sabia que não teria um amparo familiar e não poderia esperar pela adoção para sobreviver, por isso, optei por trabalhar cedo”. 

Aos 18 anos, na audiência de desligamento institucional, Nathália já estava no mercado de trabalho como jovem aprendiz e havia quatro meses morava sozinha. 

Com a ajuda dos anjos que atravessaram sua vida, Nathália está superando dificuldades. Afirma que será delegada. Está no curso de Direito da Faculdade de Iporá (FAI). O casal de empresários Suezildo Alves e Viviane ofereceu a ela um emprego. A irmã N. com quase 18 anos, tem recebido o apoio da irmã Nathália. A história é de bela superação. 

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