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A Família Ferreira tem seus talentos. Dentre estes, uma escritora


Outro dia a minha amiga Gisele Rosa me apareceu com dois livros que disse que estavam sendo enviados a mim pela Rosalina Maria de Matos, da Família Ferreira. Aliás, a Gisele também é da Família Ferreira. Descobri naquela hora que a Família Ferreira tinha uma escritora. Não sabia. Sei dos muitos talentos de tantos da Família Ferreira, mas não sabia que alguém por lá cultivava as letras, tal como eu.

 

E a Rosalina me enviou os livros certamente porque soube que também sou escritor. Ela não me conhece pessoalmente, nem eu a conheço. Mas entre escritores é assim. Um atrai o outro. Um sempre brinda o outro com livros de sua autoria. Escritor gosta de ser lido. E escritor é sempre leitor. Então, daí vem a conexão e a troca de obras que se tornam presentes.

 

Fiquei feliz de receber dois livros dela, ambos com dedicatória. Foi o prazo de consumar livros que já estava lendo antes e mergulhei, em seguida, nas páginas dessa autora da Família Ferreira. Foi muito bom. Ler é mergulhar no mundo do escritor. E no caso da Rosalina, a Rosa, muito mais! Porque as obras dela são auto biográficas. 

 

Rosalina Maria de Matos, a filha do pioneiro Chico Ferreira, não se envolveu com ficção. Ela focou sua própria vida, sua família, a infância, mostrando suas emoções e a forma de ver o mundo. Muitos fatos de sua vida são trazidos à cena literária. Em um primeiro livro que li, “Sua Presença”, mostrou ser uma mulher muito religiosa, fervorosa católica.

 

No segundo livro que li: “Vivências”, o prazer da leitura foi maior, muito maior, uma vez que nesta obra ela é mais eclética em abordar muitos diferentes fatos de sua vida. A autora mostra muita sensibilidade com tudo que a rodeia. Teve momentos comoventes, quando sofri com ela: quando a autora, por exemplo, ainda menina, quis e não pode ter os sapatinhos com os quais sonhava. 

 

Teve momentos que achei engraçado. Teve de tudo. Gostei. E principalmente de ver nela o sentimento de família, recorrendo as lembranças do pai Chico Ferreira, esse homem que virou nome de estádio em Iporá. O pai dela é o Francisco José Ferreira, o Ferreirão, nome do Estádio, cuja área ele doou para aquela praça de esportes. 

 

Rosalina falou de seus irmãos e fatos referentes a eles, sempre sem citar os nomes deles. Mas como eu conheço a família, então eu soube de quem se tratava. Me tocou ler sobre o Amado, irmão dela e com quem me relacionei. Admirei o Amado, um grande ser humano, homem sereno que dirigia o colégio onde estudei e foi também vereador em Iporá. 

 

Quando ela contou sobre um acidente em que um advogado atropelou uma criança e que isso resultou em um assassinato, soube do que se tratava. Conheço essa história. Só não sabia que o veículo era do Chico Ferreira, pai dela. Foi bom sentir a abordagem dela sobre Iporá e a gente sente que se identifica nos fatos. Faltou a autora contar como conheceu o marido dela. Mas como ela termina a obra afirmando que virá um terceiro livro, então ficamos no aguardo…

 

Parabéns, Rosalina! Vou te enviar livros de minha autoria para que você leia. Parabéns, Família Ferreira por tudo que somou para a formação da nossa sociedade. Tenho bons amigos em meio a essa honrada família. Essa é uma prole que rendeu muitos educadores (a Rosalina é uma delas) e surgiu profissionais de diferentes atividades profissionais. Parabéns a todos!

 

Concluo, repetindo a história da Família Ferreira, que já tinha publicado em outra ocasião: 

 

Francisco José Ferreira, o Chico Ferreira, chegou em tempos de Itajubá. Eram 1939. Veio de Santa Maria, município de Trindade. Veio casado com a Laudelina Maria de Jesus. Em Iporá, foi influente fazendeiro que foi crescendo em posses, com o passar do tempo. Quando chegou, com o dinheiro que trouxe, comprou apenas pequena propriedade rural de Israel Amorim, no lado oeste da cidade. Ele se entregou em muitos negócios. Era negociante de gado, café, algodão, milho e arroz. Também plantava e criava gado. No progresso dos negócios comprou uma terra maior nas proximidades do atual povoado de Goiaporá, onde derrubou mato e enfrentou onça com a sua espingarda. Chico Ferreira tinha também atuação social, com ajuda para a comunidade. Estava presente no mutirão que construiu o aeroporto da cidade. Conviveu com Israel e depois teve desentendimentos com ele. Era tocador de sanfona pé de bode e chegou a criar uma folia de reis. Sua fazenda foi local de fuga de pessoas que na cidade tinham conflito com Israel  Amorim. Mais tarde, empreendeu em imóveis urbanos. O sobrenome Ferreira está presente no lado sul da cidade, em uma vila e em uma praça de esportes: o Estádio Municipal Francisco José Ferreira, o Ferreirão. Ele vendeu lotes naquela área urbana e deu generosamente para o município o local onde foi construído o Estádio. Chico Ferreira teve 12 filhos e, a partir destes, muitos descendentes. Foram eles: a Oscalina (que casou com José Jorge), Abel (que se casou com a Josefa), Gerondina (que se casou Benivo), Eliana (que se casou com Vicente do Bar do Vicente), João Ferreira (que se casou com Ana), Doralvina (que se casou com Adélio), Albertino (que é contador e liderança na Maçonaria e casou com Maria Auxiliadora, comerciante e professora), Amado (que foi vereador, presidente da Câmara  e superientendente regional de ensino e se casou com Valma), Valdivino (que foi professor e se casou com Maria Ladi e, depois, com Maria Zita), Dorcelina (que se casou com Hailton Sena, ex-vereador em Iporá), Rosalina (que foi professora e comerciante e se casou com Luiz Stúbal) e Maria das Graças (que foi professora e se casou com Benedito Serafim, agrimensor).  A geração seguinte da família tem também grandes profissionais em meio à nossa gente.

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