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E os novos prefeitos? Como estão se saindo? Nem todos estão bem

Passada a marca dos 100 dias, a partir da posse dos prefeitos, em 1º de janeiro de 2017, é hora da primeira avaliação. Claro que ainda não deu tempo de realizar grandes obras, mas já é possível perceber com clareza o estilo de governo que conduzirá os municípios pelos mais de 1.300 dias que ainda restam desse pleito.

 

A marca é considerada importante para os especialistas para que os gestores façam a primeira prestação de contas à comunidade. Em sua última edição impressa (105 de abril de 2017) o Jornal O+Positivo apresentou os resultados de pesquisas de opinião pública onde os moradores de cada cidade puderam avaliar esse período da administração dos prefeitos da região.

 

As reportagens contendo os números são imparciais e apenas apontam o resultado com margem de erro, conforme preconiza o bom jornalismo. A análise, nas publicações do Jornal O+Positivo, deve ser feita individualmente por cada leitor.

 

O que você verá agora é uma análise do cenário político que se desenha a partir desses resultados e o porquê de cada aprovação ou desaprovação dos prefeitos que assumiram em janeiro passado segundo a minha interpretação.

 

A técnica utilizada para saber a porcentagem de aprovação foi a soma dos itens “ótimo e bom” e “ruim e péssimo”. Os itens que juntos obtiveram a maior porcentagem receberam os votos de “regular”.

 

Piranhas

 

Em Piranhas o advogado Eric de Melo da Silveira (PP) recebeu 13,81% de ótimo. 35,36% disseram que está bom e 29,83% regular. Para 4,97% está ruim enquanto segundo 9,94% está péssimo. Portanto 79% de aprovação e 14,92% desaprovação. 6,08% não souberam ou não responderam.

 

As áreas administrativa, educação, saúde e limpeza foram as mais citadas enquanto trabalhos que têm funcionado de forma mais efetiva. Por outro lado, a conservação das estradas rurais é uma das atividades que mais precisa de atenção. Nesse item a saúde também aparece como uma das áreas que necessita ser priorizada, já que pessoas diferentes respondem ao questionário, podendo gerar essa citação enquanto melhor e pior área.

 

A população clama por recapeamento e pavimentação asfáltica, construção de rede de esgoto, área de lazer, melhorias na saúde, melhorias no hospital municipal, conservação das estradas rurais, instalação de uma faculdade, construção de casas populares, implantação de um novo cemitério e geração de emprego.

 

Quando decidiu se candidatar a prefeito, em junho de 2016, Eric de Melo era um anônimo no campo político e durante a campanha provou ter boa articulação e domínio da oratória. Chegando a vitória com o apoio do prefeito à época André Ariza (PP), do qual herdou uma administração razoável e uma Prefeitura com diversos problemas estruturais a serem resolvidos.

 

Das primeiras ações o que pode ser destacado é a firmeza nas decisões, que agrada a maioria, mas gera desgastes. Entendo que os atos dos próximos 90 dias serão decisivos para o futuro político do gestor e o desenvolvimento do município. Para continuar com a boa aprovação é preciso não só resistir as pressões, mas provar que o modelo que vem sendo implantado gera resultados positivos.

 

Bom Jardim de Goiás

 

Bom Jardim de Goiás também vive um bom momento com o democrata Odair do Odélio. Dos bonjardinenses ouvidos pelo Instituto CAPP O+Positivo, 11,26% avaliaram a administração como ótima e 33,11% disseram que está boa. 31,79% dos respondentes preferiram dar um regular. Segundo 15,23% está ruim e para 3,97% péssima. 4,64% não souberam ou não responderam. Portanto, 76,16% dos entrevistados aprovam Odair do Odélio enquanto 19,2% desaprovam.

 

Com certeza a principal mudança já sentida pelos moradores de Bom Jardim está relacionada ao estilo de governo. Odair é sereno, de ouvidos atentos, disposto a escutar as manifestações individuais e coletivas e demostra preparo para realizar uma gestão participativa. Se os resultados positivos desse novo modelo começarem a surgir nos próximos meses o bonjardinense terá juntado o agradável ao útil.

 

Por lá, a geração de empregos, a conclusão da reforma do lago, a construção de pontes, investimentos na educação, priorizar a saúde, melhorar a limpeza e a iluminação pública são as principais demandas.

 

Baliza

 

Fernanda Nolasco, prefeita de Baliza, alcançou 13,84% de ótimo, 41,96% de bom, 23,21% de regular, 8,93% de ruim e 4,91% de péssimo. 79,01% aprovaram e 13,84% desaprovaram. 7,15% não souberam ou não responderam.

 

O maior desafio da administração da petebista é a quantidade de assentamentos, com moradores de baixo poder aquisitivo, desassistidos pelo Governo Federal e dependentes do poder público. Somando-se ainda às inúmeras certidões positivas, deixadas pela gestão anterior, que impedem a Prefeitura de firmar convênios com outros entes federados para conseguir recursos e atender as demandas.

 

Mesmo diante dos obstáculos o balizense tem se mostrado confiante no perfil que Fernanda tem adotado para comandar o município, com o coração. O tempo dirá se o novo modelo é suficiente para resolver os problemas das estradas rurais, do desemprego da construção de um hospital, uma creche e do ginásio de esportes, que são as principais demandas.

 

Arenópolis

 

Já o arenopolino vive em lua de mel com o atual prefeito Flávio Junior (PMDB). A forma dinâmica de conduzir o município contagiou a população e agrada o eleitor. 90,91% dos entrevistados aprovam o modelo administrativo adotado pelo gestor e apenas 6,18% desaprovaram.

 

Dos que responderam a pergunta “Qual a avaliação você faz dos 100 dias da administração do prefeito Flávio Júnior?” 29,09% disseram que está ótima. 42,55% afirmaram que está boa e 19,27% regular. Para 2,18% dos abordados, a gestão está ruim enquanto para 4% é péssima. 2,91% dos voluntários não souberam ou não responderam à pergunta.

 

Como historicamente Arenópolis é uma cidade de política polarizada, onde cada grupo busca agradar os seus aliados, é possível observar uma mudança de comportamento. Os números mostram que cerca de 20% dos eleitores que não votaram no atual prefeito consideram o seu governo ótimo ou bom.

 

Portanto, o grande desafio de Flávio Júnior deixa de ser apenas a implantação da sonhada rede de esgoto, da área de lazer, a construção da pista de caminhada ou da academia ao ar livre como pedem a maioria, mas o agasalho das duas alas políticas em torno de si.

 

Outro grande obstáculo que o prefeito deverá enfrentar é o de manter a sua equipe estimulada, pronta para atender bem a população, após ter conhecimento dos números que revelam a boa aprovação.

 

Caiapônia

 

“A quem muito é dado, muito será cobrado”, esse axioma ilustra bem a realidade de Caiapônia. Uma das maiores potências da região vive mergulhada nos maiores problemas. Mais de 80% dos moradores entrevistados pedem geração de empregos e instalação de indústrias no município.

 

O município centenário que passou por grande transformação e desenvolvimento nos anos 90 (inicio da Era Lari 1997/2000) teve uma forte desaceleração a partir de 2009 e estagnou-se depois de 2012, chegando a crise atual. Em 2016 o caiaponiense elegeu Caio Lima como sinal claro de desaprovação ao grupo (modelo) político que governava a cidade desde 1997.

 

Mas o prefeito Caio Lima conseguiu eleger apenas três dos 11 vereadores, sendo assim, oito fazem oposição ao seu governo. E a opinião pública, que poderia lhe dar sustentação, nesse início de mandato, não aprova o modelo administrativo que vem sendo implantado pelo atual gestor.

 

Dos caiaponienses que responderam a pesquisa 69% desaprovam Caio Lima e apenas 23% aprovam os 100 primeiros dias do prefeito. Dos voluntários apenas 7% entendem que a gestão está ótima, para 16% é boa e 37% afirma que é regular. Para 15,5% está ruim e para 16,5% está péssima. 8% não souberam ou não responderam. Portanto a soma de “ruim e péssimo” é superior a de “ótima e bom”, levando consigo o regular.
Para tirar Caiapônia da atual crise política/administrativa Caio Lima conta com a sua experiência de dois mandatos como vereador e empresário bem sucedido. Mas, por enquanto, não há nenhum sinal de implantação do distrito industrial, nem da construção das 500 casas populares que seriam erguidas no primeiro ano de seu mandado e fizeram parte das principais promessas de campanha.

 

Iporá

 

Aqui os números são do Instituto A Voz das Cidades, dirigido por Márcio Rivair Guntijo. Segundo a pesquisa, realizada nos dias 25 e 26 de abril, a administração do prefeito Naçoitan Leite (PSDB) tem 7,73% de ótimo e 21,95% de boa. 26,43% avaliaram como regular. Está ruim para 26,43% e péssima para 12,22%. Dos entrevistados espontaneamente 5,24% não souberam ou não quiseram responder.

 

A pesquisa reflete as avaliações da administração anterior, que apoiou e foi decisiva na eleição do atual gestor, mesmo tendo pouca aprovação. As obras iniciadas no período de campanha elevaram as expectativas do eleitor, na esperança que a continuidade do grupo político no poder, garantiria as suas conclusões.

 

Como as obras estão paradas, desde as eleições, o eleitor se mostra desanimado com o futuro da gestão. Os processos judiciais enfrentados pelo prefeito é outro empecilho, pois tem lhe roubado as energias, que poderiam ser aplicadas na retomada das ações.

 

Diorama

 

“Qual a avaliação você faz da administração da prefeita Valeria Ferreira?”, aqui também a pergunta foi feita pelo Instituto A Voz das Cidades. Ótima foi a resposta de 25,70% dos entrevistados e 48,19% afirmaram que está boa. 16,87% avaliaram como regular. 3.61% consideram ruim a atual administração e 2,01% disseram ser péssima. Não souberam ou não quiseram responder somaram 3,61%, dos que foram abordados.
Resolver o problema da iluminação pública da cidade, melhorar as estradas rurais e gerar empregos são os principais desafios da petista, para continuar tendo a boa avaliação.

Artigo exclusivo para o Jornal Oeste Goiano.

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