Desde o inicio até o presente momento, já se passaram 12 anos. O início se deu através do desejo de 02 (Dois) Iporaenses, que eram Joaquim Ferreira Bernardes (meu pai) e eu, Aron Geraldo Ferreira.
Na semana passada, pela primeira vez, se fez sangria de seringueira em Iporá, no Sítio Sonho Feliz, de Dorivaldo Rocha e Norma. De hora em diante isto será comum. É a realidade de uma nova cultura na região de Iporá.
Nós trouxemos o conhecimento com essa cultura de Campinápolis – MT, em uma propriedade adquirida em 1986, onde não tiveram o privilegio de fazer a sangria, o que acontece agora e juntaram-se a nós mais 3 produtores rurais, que após várias palestras, a exemplo da primeira ocorrida no dia 28/10/2008 no salão da AABB de Iporá onde foi exposto sobre vários tipos de plantação, mas sendo o cultivo da seringueira o que permanece ativo e com o início do período de sangria.
Após aquele evento, do qual participaram quase mil pessoas, foram feitas várias apresentações sobre essa cultura, apresentações essas feitas por nós, que passamos a ser Presidente da Associação dos Heveicultores de Iporá e região.
Após esses eventos, no mês de Dezembro de 2010 – foi feito o primeiro plantio na de propriedade do Dorivaldo e Norma, onde no dia 20/11/2020 – tem o inicio do processo de sangria.
Também tem início a sangria na Plantação do Adão Rosa Oliveira, na fazenda Jacaré de Propriedade do senhor Bartolomeu Ferreira, nos fundos do antigo campo de futebol do Jacaré. Ambos também acreditaram na potencialidade da cultura e investiram.
É dado o ponta pé inicial nessa nova fase da cultura, na propriedade do Doro e Norma, as margens do córrego Tamanduá, onde tem uma plantação com 1800 árvores, que tiveram o seu processo de sangria retardado para que se tivesse uma quantidade satisfatória de produtos para que os compradores fizesse a busca do coágulo, que é a forma que será a extração.
A modalidade escolhida é a da produção de coágulos secos e que serão enviados para indústrias de pneumáticos em São Paulo e que atualmente buscam na propriedade, não preciso do produtor se preocupar em fazer o transporte do produto extraído.
No evento de lançamento do processo de Sangria, estiveram presentes o Sr. Evaldo – Produtor de Borracha Natural em Palmeiras – GO e que forneceu as mudas e assistência técnica para o Doro e auxiliado também pela Associação e, diga-se de passagem, a primeira para essa finalidade em Goiás, atualmente tem também a Associação dos Produtores de Borracha Natural de Goiás.
Estiveram também presentes além dos plantadores e agora produtores, representantes da Emater – GO, Comafir, IEF – GO – Geraldo da Farmácia Droga Rei e outros convidados que apresentam interesse pela cultura. Bem como o Jerônimo Rocha o qual esteve presente no Curso feito pelo senar em Outubro de 2018 e sendo que o mesmo trabalhou por um período nos seringais do Mato Grosso e ira coordenar a extração e formação de mão de obra de novos interessado em trabalhar com essa nova cultura.
Em sua explanação sobre a cultura da seringueira o Sr. Evaldo Peral Rengel, disse que já planta a mais de 20 anos a seringueira e está muito satisfeito com os resultados apresentados e sua rentabilidade que chega a ultrapassar até mesmo a cana de Açúcar e bem como o Eucalipto e outras mais.
Atualmente o kilograma do coágulo está em R$ 4,00 e a produção por árvore é de 1 kilograma mês, sendo seu ciclo produtivo de Setembro a Junho, as árvores tem um descanso nos meses de Julho e Agosto onde é feito a queda das folhas e a sua rebrota.
Quando todos os seringais estiverem em seu pico produtivo que será no inicio de setembro de 2021 – Iporá ira produzir cerca de 9 toneladas de coágulo.
Estamos trazendo a informação da intenção e em negociações avançadas para a transformação da Associação que hoje só contempla o plantio de seringueira, para Associação Ambiental de Ipora e Região, abrindo assim o propósito pela preservação plena das ARL (Área de Reserva Ambiental) e as APP (Área de Preservação Ambiental), viveiro esse que será uma PPP (Participação Publico Privado) para a produção de mudas predominantes da Beira de Córregos e a Seringueira para Áreas de reserva e sendo a mesma aceita como reposição e reconstituição ambiental.
A intenção da criação desse viveiro além de preservar e gerar empregos temos a necessidade da muda estar perto do produtor, o que nesses primeiros plantios tivemos de buscar em Palmeiras de Goiás – Goianésia – Go e Itapaci – GO, sendo esse o maior problema encontrado nesse início e bem como o da falta de mão de obra especializada, o que ocasionou uma perda muito alta de mudas, com esse viveiro próximo iremos reduzir quase a zero essas perdas.
A Seringueira está centrada em três pilares, o primeiro de Preservação Ambiental, o segundo o Social o da geração de empregos e diga se de passagem já estamos com falta de mão de obra e ou último o do retorno financeiro para o produtor.
Só temos a agradecer e desejar sucesso para todos que fizeram e fazem parte diretamente ou indiretamente, seja no plantio, conservação ou apenas apoiando a idéia.
Iporá está de parabéns por acreditar na Seringueira e agora já começar a colher resultados.
