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Quanto ao Natal Deus não está interessado em certas coisas

DEUS NÃO ESTÁ INTERESSADO SE O NATAL SUBSTITUIU COMEMORAÇÃO PAGÃ
E SE É COMEMORADO NO DIA 25 DE DEZEMBRO

 

É comum entre nós evangélicos, nas vésperas do Natal, ressuscitar as polêmicas sobre essa data. Discutem-se desde a comemoração natalina como sendo uma prática mundana e pagã; a legitimidade bíblica de se comemorar o nascimento de Jesus Cristo no dia 25 de dezembro; o apelo comercial e consumista; até ao extremismo de se afirmar que o nascimento do Messias é um acontecimento “sem importância para o cristão verdadeiro, que verdadeiramente obedece a Bíblia”.

 

Não se pode negar que no meio secular e profano, há os que transformaram o Natal em oportunidade comercial, visando o lucro. O que não tem nada de antiético o comércio em si, desde que a prática comercial seja realizada honestamente, atendendo a demanda dos que querem presentear seus entes queridos e amigos.

 

Entre os cristãos tradicionais, a verdade é que o Natal representa apenas um momento especial do ano para demonstrar sua religiosidade cristã vazia, hipócrita e de curtir um lazer em família, onde se come, enche a cara de bebidas alcoólicas, joga conversa fora, conta piadas eanedotas chulas, fala da vida alheia, tecendo fofocas e maledicências, além de outros procedimentos que o Cristo do Natal reprova.

 

Já entre alguns cristãos evangélicos de crença fundamentalista radical, há um ignorante desprezo pelo nascimento de Jesus, valorizando apenas sua morte e ressurreição, como se fosse insignificante o momento em que o Logos Eterno, o Verbo de Deus, o Criador do Universo, se fez “homem e habitou entre nós cheio de graça e de verdade”. Esquecem que o nascimento de Jesus Cristo é tão importante como a sua morte vicária e sua ressurreição triunfal. Tanto isto é verdade que, em ambos os momentos, houve a providência e manifestação sobrenaturais de Deus com a participação dos anjos.

 

Quando o arcanjo Gabriel visitou Maria, a santa virgem de Nazaré da Galileia, para anunciar-lhe que seria a mãe do Messias, ele a cumprimentou com uma saudação dirigida a pessoas com dignidade de nobreza: Ave Maria! A mesma usada para saudar o imperador romano: Ave César! Pois para Deus ela era, em sua época, a única mulher, entre as israelitas, que preenchia os requisitos para ser a mãe do seu Filho amado, enviado para ser o Salvador do mundo. E, depois de Eva, continua sendo a mulher mais dignificada da humanidade e a mais digna de honra entre as mulheres. Embora jamais tenha reivindicado a si o que a tradição lhe atribuiu ser, tampouco o Pai, ou o Filho, ou o Espírito Santo tem lhe conferido o mérito de veneração que lhe tributam. Ela mesma se julgou igual a todas as mulheres, carente da graça salvadora de Deus, chamando seu filho Jesus de “meu redentor” e ainda recomendou: “Fazei tudo o que ele vos disser”.

 

Se o nascimento de Jesus não é importante, porque então houve comemoração no céu no dia que ele nasceu? Primeiro um anjo anunciou aos pastores no campo: “Eis que aqui vos anuncio uma grande alegria que será para todo o povo: Nasceu-vos hoje um Salvador, que é o Cristo-Senhor, na cidade de Davi”. Depois um coro angelical encheu os céus da Palestina comemorando louvando a Deus: “Glória a Deus no mais alto dos céus e paz na terra aos homens a quem ele ama” ((Lc 2, 10 a 14 – BJ). Filósofos (magos) vieram de longe, guiados sobrenaturalmente pela providência divina através de uma estrela, para visitá-lo e presenteá-lo com valiosíssimas dádivas (Mt 2. 1-11 – ARA).

 

No dia que ressurgiu de entre os mortos, dois anjos apareceram às mulheres que estavam diante do túmulo vazio e disseram-lhe: “Porque buscais entre os mortos ao que vive? Ele não está aqui, mas ressuscitou” (Lc 24.5 e 6 – ARA).

Contudo, para os que amam o Cristo enviado do Pai com entendimento e de coração puro, o Natal significa momento de gratidão ao Deus que nos “amou de tal maneira, que deu o seu Filho Unigênito para que todo aquele que nele crê, não pareça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3.16 – ARA); significa confraternização em família, lembrando que Deus em Cristo edificou sua família universal – a Igreja – como Jesus mesmo nos ensinou a orar: “Pai nosso que está nos céus…”; significa momento de reflexão, onde se agradece a Deus e aos entes queridos as manifestações concretas do amor, e se pede perdão pelos erros cometidos e ainda não reparados; significa “amar o Senhor com todo o coração, alma, entendimento e força e o próximo como a si mesmo”; enfim, para o cristão verdadeiro, sábio, sem preconceitos sectaristas e doutrinários, o Natal é o momento em que se canta com os anjos: “Glória a Deus no mais alto dos céus e paz na terra aos homens a quem ele ama”.

 

Portanto, não há nada de paganismo, comemorar o Natal. Não importa que a sua comemoração tenha substituído tradição pagã. Que seja comemorado em 25 de dezembro e incorporado elementos amorais ou aéticos das culturas dos diversos povos evangelizados. O que interessa é que se está comemorando, o nascimento do Filho de Deus que nasceu a fim de revelar o Pai e morrer para nos redimir da dívida do nosso pecado, e que seja glorificado. Se ele não tivesse nascido, não seria possível a sua morte redentora. O apóstolo Paulo mesmo disse: “Um faz diferença entre dia e dia, outros julgam iguais todos os dias”. “Cada um tenha opinião bem definida em sua mente”. “Bem-aventurado é aquele que não se condena naquilo que aprova” (Rm 14. 5 e 22 – ARA). E acrescenta: “Quer comais, quer bebais, ou venhais a fazer qualquer outra coisa (inclusive comemorar o natal em 25 de dezembro), deveis fazer tudo para a glória de Deus” (1Co 10.31 – ARA). A Deus não interessa picuinhas inúteis e discussões doutrinárias fúteis sobre comemorar ou não o Natal, seja em que dia for: para ele conta a intenção do coração puro e remido pelo o sangue do “cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”. Também não conta para Deus doutrinas construídas sobre textos bíblicos selecionados, mas aplicados fora do contexto geral das Escrituras e incompatíveis com a natureza divina, que é o amor que “tudo, crê, tudo espera, tudo suporta, que jamais acaba”.

 

Para concluir, vale meditar na máxima de Santo Agostinho: “No essencial, a unidade; nas diferenças, a liberdade; e nas divergências, a caridade”. O essencial é amar a Cristo que é “o caminho (a verdadeira religião), a verdade e a vida; e quando se ama a Cristo, obedecendo seus ensinos, se convive com tolerância, sem preconceitos e harmoniosamente com as diferenças confessionais; e quando a intolerância leva às discórdias teológicas e de credos, então a caridade, que é o amor em ação, perdoa todos as ofensas. E o apóstolo Paulo disse: “Eu não me envergonho do evangelho de Cristo, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê”. Então, preguemos o Evangelho e não percamos tempo com polêmicas tradicionais da cristandade, deixemos as discussões vazias “por questões de palavras”.

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