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Terra, nossa casa comum

Mês de junho temos datas marcantes na luta em defesa da vida, duas delas acompanham meu trabalho como professora e meu posicionamento como cidadã há alguns anos:

  •  
  • 03 de junho – Dia Nacional da Educação Ambiental, instituído pela presidenta Dilma Rousseff em 2012;

 

*05 de junho – Dia Mundial do Meio Ambiente, instituído pela ONU em 1972.

 

E agora, em 2022 estamos comemorando  os 30 anos da Eco92/Rio92 (Conferência Internacional da ONU sobre o Meio Ambiente) que teve início no dia 03/06/1992, um marco na história mundial em se tratando de acordos para o cuidado com a nossa casa: TERRA. 

 

Comemoramos também, os 30 anos do Fórum Global onde mais de 10 mil pessoas, representantes da sociedade civil se reuniram para discutir o futuro do planeta.

 

Nessa luta pela sobrevivência de todas as espécies tivemos avanços, não podemos negar, mas sabemos que poderíamos ter avançado muito mais. Aproveito o espaço e cito aqui uma frase do jornalista e escritor Fernando Gabeira que fez a cobertura jornalística da Rio92 e avalia como estamos atualmente “Eu diria que a destruição ambiental avança em um ritmo industrial e a resistência em um ritmo artesanal”.

 

Ano passado fiz um texto exatamente para esse período – Semana do Meio Ambiente e propus algumas reflexões. Espero ter contribuído para que pudéssemos avançar, mas o cenário nacional ainda é aterrador: grilagens e garimpos em terras indígenas, contaminação ambiental por uso indiscriminado de agrotóxicos, desmatamentos, morte dos manguezais, entre tantos outros problemas ambientais. Tantos problemas que são mantidos pelos parlamentares que votam a favor de leis que garantem a manutenção dessa situação. O ministro do Meio Ambiente que esperava que a “boiada passasse” foi destituído do cargo, mas a boiada continua passando!

 

O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) registrou 3,2 mil focos de queimada no Cerrado em maio deste ano. É o pior número registrado desde 1998 quando começou a se fazer o monitoramento.  E isso afeta a todos nós, mesmo aqui em Iporá. Estamos inseridos na área de Cerrado e sabemos que o Cerrado é conhecido como “o berço das águas” do nosso país, as nascentes dos principais rios brasileiros estão no Cerrado. E estamos perdendo nosso Cerrado dia após dia a troco de quê? Concentração de renda nas mãos de poucos e miséria e devastação para muitos?

 

Apesar de tantos avanços na área de agricultura, como apresentados em comerciais da grande mídia. Nunca a fome chegou tão perto das famílias brasileiras, assim como nunca se degradou tanto os biomas de nossos país. Nos parece que quanto mais se evoca a ocupação dos biomas e reservas naturais, mais a fome avança. 

 

Chegando mais perto dos problemas vivenciados por nós iporaenses e moradores da região basta olhar à nossa volta:

 

*bairros sendo cercados por plantio de soja que praticamente chegam às portas das casas;

 

*Essa mesma monocultura ocupando áreas de preservação permanentes, como as áreas que deveriam proteger nascentes e córregos. Áreas de mananciais que fornecem água a população de nossa cidade;

 

*Lixão a céu aberto, e novamente em chamas, aumentando ainda mais a contaminação ambiental, espalhando em nosso ar substâncias nocivas à nossa saúde;

 

E o que tem sido feito para que essas situações sejam controladas? Qual o projeto de município que queremos? 

 

E finalizo aqui, deixando a mesma reflexão do texto do ano passado: 

 

Acredito que devemos questionar os modelos econômicos, que prometem renda e desenvolvimento, mas que deixam um rastro de pobreza, fome e destruição dos recursos naturais. O planeta é um só e estamos, a passos largos, impedindo a reprodução da vida na Terra, a nossa vida e de todos os outros formas de vida que ainda resistem.

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