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Tratamento correto leva crianças hiperativas a ter melhor autocontrole

É comum crianças que são mais agitadas serem chamadas de hiperativas! Assim como tem sido, cada vez mais frequente, crianças serem diagnosticadas (avaliadas) por neurologistas, psicólogos e psiquiatras como “hiperativas”, um termo usado para o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH).

 

A Hiperatividade (TDAH) não é uma invenção e nem só uma moda. Embora, não seja possível uma exatidão das causas do TDAH, é extensivamente comprovado o diferenciado funcionamento neurológico e de padrões cognitivos (ex., percepção, atenção, memoria, raciocínio) e comportamentais (ex., impulsividade, agitação). Mas é preciso cuidado no diagnóstico, para que não ocorram exageros. Por exemplo, a partir de 2011 a venda de remédios para a hiperatividade cresceu em quase 80%. Esta proporção é muito alta, uma vez que nem nos EUA, onde mais se faz o diagnostico de TDAH, não se chega a esta proporção. E Goiás está entre os estados que mais consomem este tipo de medicação. O cuidado com o diagnóstico é feito da observação clínica, com a avaliação cognitiva, e a partir do relato de pais e professores.
“Nem toda criança inquieta tem TDAH, assim como nem toda criança com TDAH é agitada!”

 

A criança acaba apresentando um padrão estável e marcante de desatenção, e outras dificuldades que geram forte prejuízo na vida da criança e de sua família. É o tipo de criança que parece não escutar o que estão lhe falando, que esquece com facilidade os compromissos ou perde com facilidade objetos, que não tem paciência para permanecer na mesma atividade por muito tempo, que age mais no impulso, que se irrita com facilidade, que é insistente, que parece nunca se cansar de brincar e que se cansa facilmente em atividades escolares, que é desorganizada, que não para de se mexer, que tende a fazer as coisas mais rápidas e normalmente malfeitas, que fica atrasado nas atividades escolares, que não tem nenhuma paciência para a leitura, que comete erros repetidamente, que se machuca com frequência, que interrompe a conversa dos outros (se precipita). O TDAH se torna um desafio porque a criança passa a ter prejuízo escolar e conflito com professores e com os pais. Além disso,a criança criaum autoconceito negativo (baixa autoestima) e tem dificuldades de relacionamento por ser constantemente punida e recriminada. E é por isso que se torna comum adolescentes com TDAH serem vulneráveis ao uso de álcool e drogas.

 

É muito importante o entendimento sobre o TDAH porque a criança é erroneamente vista como difícil, preguiçosa, bagunceira, desinteressada etc. Quando na verdade os problemas na escola e família são consequência de algo que a criança não tem culpa e não está preparada para enfrentar. Desta forma, uma pessoa hiperativa pode ter uma melhora significativa das características do transtorno. Com o tratamento correto, a criança pode aprender 1) a ter maior autocontrole; 2) a se monitorar para diminuir a agitação, a ansiedade, a impulsividade, a irritabilidade, a desorganização; 3) a direcionar a atenção (para haver o processamento adequado e potencializado das informações); 4) a ter amadurecimento compatível com sua fase de desenvolvimento; 5) a ter equilíbrio emocional; 6) a usar estratégias para evitar o esquecimento e intolerância (falta de paciência). Assim como pais e professores podem ter maior direcionamento, já que a criança passa a ter um comprometimento que afeta a sua capacidade de aprender e se desenvolver. Por exemplo, quanto mais efetivo o monitoramento do professor, menor será a influência de estímulos distratores em sala de aula.

 

As limitações que envolvem a criança hiperativa são reais e independem da simples vontade de melhorar. É preciso informação adequada e persistência, até porque a relação com estas crianças são normalmente desgastantes. O TDAH já foi amplamente estudado, havendo muito material informativo e até direcionado, especificamente, para pais e professores.

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